terça-feira, 29 de junho de 2010

Apresentação


Meu nome é Grimaulde Gomes, e sou jornalista. Esse é o nosso blog Rim do Feliz, onde vamos conhecer e entender a insuficiência renal, e a hemodiálise, além de tentar desfazer o mito de que a vida produtiva de um paciente de hemodiálise acaba com o tratamento. A hemodiálise é um tratamento difícil, cansativo, muitas vezes dolorido e estressante, mas é necessário para que muitas pessoas possam continuar a viver. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) , um grande número de pessoas sofre de doenças renais. Algumas apresentam doenças como diabetes e pressão alta que, senão tratadas corretamente podem ocasionar à falência total do funcionamento renal. Existem outras que quando são diagnosticadas já estão com os rins totalmente debilitados, ocorrendo neste caso o encaminhamento do paciente para a diálise. Na maioria dos casos, este tratamento acaba sendo feito para o resto da vida, caso não haja a possibilidade de se fazer o transplante.
Em todo o mundo, 500 milhões de pessoas sofrem de problemas renais e 1,5 milhão delas estão em diálise. As estatísticas revelam também que uma em cada dez pessoas no mundo sofre de doença renal crônica. De acordo com os dados, pacientes com esse tipo de doença têm 10 vezes mais riscos de morte prematura por doenças cardiovasculares. A estimativa é de que 12 milhões de pessoas no mundo morrem por ano de doenças cardiovasculares relacionadas a problemas renais crônicos.
Mais de 80% dos pacientes que fazem diálise, segundo informações da Sociedade Brasileira de Nefrologia, estão nos países desenvolvidos. Na Índia e Paquistão, por exemplo, menos de 10% das pessoas que precisam recebem algum tipo de terapia e na África quase não há acesso ao tratamento e as pessoas acabam morrendo.
O crescente número de doentes renais no Brasil já o tornou o terceiro maior mercado de hemodiálise do mundo. No Brasil a doença atinge 2 milhões de pessoas, sendo que 60% não sabem . Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, em 2005, foram 32.329 novos pacientes. A taxa de aumento de 2005 para 2006 foi estimada em 8,8%. Segundo as informações, dos 120 mil brasileiros que precisam fazer hemodiálise, apenas 70 mil estão em tratamento. Em janeiro de 2006 o número de pacientes chegou a 70.872. O número de óbitos em 2005 foi de 12.528, sendo a taxa de mortalidade de 13%.
No Brasil, 95,2% dos centros de tratamento dialítico possuem convênio com o SUS; 89,9% dos pacientes são reembolsados pelo SUS e, 12,1% dos pacientes possuem outros convênios. Os números apontam ainda que 47% dos pacientes em diálise estão na fila do transplante renal e 25% dos pacientes em tratamento, são diabéticos. Estima-se que em 2010 o número de pessoas em diálise no Brasil seja de 125 mil.
O blog é formado por matérias minhas e uma coletânea de matérias de especialistas no assunto, tanto no aspecto médico quanto social, uma vez que o paciente renal crônico vê a sua vida totalmente modificada depois de descobrir a doença. O blog é um apelo a médicos, pacientes e amigos para que conheçam mais essa doença e seu tratamento e que respeitem os nossos direitos. Antes de sermos uma atividade altamente lucrativa, que movimenta milhões não por ano, mas por mês, em todo país, somos pessoas, e não queremos ser vistos como números nem como estatísticas, mas como indivíduos que querem simplesmente ter uma vida normal.


Dessa forma, contamos com todos, renais crônicos ou não, pela luta dos direitos de todos aqueles que necessitam de um transplante de órgãos e principalmente aqueles que precisam fazer hemodiálise.
Essa é uma iniciativa da Carla, psicóloga do meu centro de diálise, o hospital Santo Antônio, em Curvelo, Minas Gerais.

Um comentário:

  1. Grimaulde, boa tarde!Parabéns pelo blog. Possuo um blog(reccomecar.blogspot.com) que fala sobre hemodiálise, diabetes, Hipertensão e outros. Meu pai passou quase 09 anos em hemodialise e devido as dificuldades encontradas resolvi fazer o blog para consciêncizar os médicos de uma linguagem e humanização no tratamento e ajudar aos pacientes, familiares e a quem interessar.abs,
    Carla

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